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05
Jan17

Florença, parte II

Rita

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A Catedral de Santa Maria del Fiore, Duomo di Firenze, é mais um dos pontos altos de Florença. Trata-se de um edifício grandioso composto pela Catedral, o Baptistério e a Torre do Sino e fica situado na Piazza del Duomo.

O exterior é composto por painéis de mármore em tons rosa, verde e branco. No que toca a edíficios religiosos, este é o mais bonito e majestoso que já vi.

 

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 cúpula 

 

 

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fachada

 

 

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Florença tem alguns dos melhores museus do mundo e tendo em conta que íamos ficar três dias escolhemos dois para visitar: a Galleria dell'Accademia e a Galleria degli Uffizzi. 

Um conselho se estiverem interessados em visitar estes museus: as filas são muito longas, o ideal é fazer uma compra antecipada online para evitar esperar várias horas. Mesmo assim é importante ser-se paciente porque também existem filas para quem fez a compra online, apesar de serem menores.

 

 

A Galleria dell'Accademia é a casa da famosa escultura David de Michelangelo. Originalmente a escultura estava colocada na frente do Palazzo Vecchio tendo sido depois transferida para este  museu e colocada no seu antigo lugar uma réplica.

 

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 David

 

 

Esta escultura é considerada uma das maiores obras-primas de sempre e representa a figura bíblica de David que derrotou Golias.

É perfeita, não há outra maneira de pôr isto; a anatomia, a representação do corpo masculino é brilhante e vai ao mais pequeno pormenor. Michelangelo tinha somente 26 anos quando começou a trabalhar o bloco de mármore que viria depois a tornar-se nesta escultura e entregou-se completamente a esta missão dormindo e comendo só esporadicamente, de acordo com o seu biógrafo. 

 

 

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Na Galleria dell'Accademia existem outras obras do mesmo autor, pinturas Maneiristas, pinturas Góticas, um museu de instrumentos musicais e é possível aprender técnicas de pintura e escultura. Costumam existir ainda exposições temporárias. 

 

 

 

À tarde visitámos a Galleria degli Uffizzi. É considerado o mais importante e famoso museu de Florença e um dos mais importantes do mundo. O edifício, em forma de U, onde hoje em dia podemos encontrar esta Galleria não foi construído com esse propósito mas sim para acomodar escritórios administrativos e judiciais. Este projecto de construção ficou a cargo de Giorgio Vasari, a pedido dos Medici, em 1560.

Os Medici eram na altura uma família muito poderosa de Florença, detentora de várias colecções de arte, colecções essas que foram decorando o espaço e a estas foram-se juntando mais, mesmo depois do desaparecimento da família, o que permitiu a criação do museu e abertura ao público anos depois.

 

 

Foi construído ainda um corredor que liga o Palazzo Vecchio, passando pelo Uffizzi, ao Palazzo Pitti, onde residiam os Medici. Chama-se Corredor de Vasari e atravessa o rio servindo-se da parte superior da Ponte Vecchio. Desta forma a família tinha uma passagem privada entre a sua residência e o Palazzo Vecchio.

 

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 Corredor de Vasari

 

 

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edifício das galerias Uffizzi

 

 

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O museu está dividido em várias salas: salas da Idade Média, salas Renascentistas, sala de Botticelli, sala dedicada a Leonardo da Vinci, salas de obras Renascentistas mas que não foram produzidas em Florença, salas dedicadas ao século XVI, salas de pintores flamengos, salas de Caravaggio. Existe também um Gabinete de Desenhos e Impressões, que inclui desenhos de Michelangelo e Leonardo da Vinci, a Colecção Contini-Bonacossi e salas para exposições temporárias.

 

Há mesmo muito que ver, é um sítio para ir com tempo. Quase sem darmos conta passámos lá perto de três horas.

 

 

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O Nascimento de Vénus de Botticceli

 

 

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Primavera de Botticelli

 

 

Em História uma das minhas matérias preferidas foi o Renascimento. A ideia que o Homem está no centro da vida, o surgimento de artistas como Michelangelo, Leonardo da Vinci, Botticceli e tantos outros, capazes de criações geniais, capazes de tornar em ouro aquilo em que tocavam. Neste dia pude ver ao vivo, ali tão perto, o que já tinha visto várias vezes nos livros de História. 

 

Um tema que vimos com muita frequência, tanto na Galleria dell'Accademia quanto na Galleria degli Uffizzi, foi o da Madonna col bambino (Virgem Maria e o menino). Cada vez que olhávamos para o nome do quadro, era esse mesmo sem tirar nem pôr. Já era uma piada nossa ao longo do dia sempre que víamos um quadro a representar a cena.

 

 

 

O Piazzale Michelangelo é um dos melhores lugares para se ter uma vista panorâmica da cidade de Florença e aqui também existe uma réplica, agora em bronze, da escultura de David. Deste ponto temos uma perspectiva diferente da cidade e conseguimos ver alguns dos seus principais monumentos e os montes Apeninos. 

 

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Nas redondezas existe ainda um jardim, o Giardino delle Rose, também com vista para a cidade e com várias esculturas do artista belga Jean-Michel Folon. Uma dela é precisamente o contorno de uma mala, a primeira foto daqui.

 

 

 

Uma outra praça de Florença por onde passámos foi a Piazza di Santa Croce não muito distante da Piazza della Signoria. O nome vem da Basílica franciscana que é a sua principal atracção e onde estão os túmulos de Michelangelo, Galileo, Machiavelli, entre outros. Nesta praça também existe uma estátua de Dante com um ar de poucos amigos. 

 

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Piazza di Santa Croce 

 

 

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Basilica di Santa Croce

 

 

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Dante

 

 

 

 

 

 

Florença vai ter direito a um terceiro post porque ainda falta falar de algo que fomos descobrindo pela cidade e que eu fui "coleccionando".  

 

 

 

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