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AND THERE'S NO DRIVER AT THE WHEEL
Viagem a Itália: Verona, parte I
Viagem a Itália: Verona, parte II
A Ligúria, também conhecida como Riviera italiana, é uma região que fica no norte de Itália e vai desde a fronteira com a França até onde termina a província de La Spezia. É uma zona costeira banhada pelo mar com o mesmo nome da região. É precisamente em La Spezia que fica Porto Venere, a segunda estadia na viagem.
O motivo principal para ter feito parte do nosso itinerário foi a proximidade em relação às Cinque Terre mas acabou por revelar o seu encanto individual, sem depender delas.
Porto Venere e à esquerda a ilha Palmaria
Chegados a Porto Venere a primeira aventura foi arranjar lugar para estacionar o Fiat porque os lugares disponíveis não são muitos e são todos pagos, a segunda foi encontrar o hostel porque com a morada íamos sempre dar a uma escola primária e só depois percebemos que a entrada do hostel era de lado, no mesmo edíficio. A porta estava meio escondida.
Porto Venere fica no golfo de La Spezia e é uma cidade pequena com uma marina, prédios coloridos que parecem comprimidos uns contra os outros com cerca de 6 a 8 andares. As ruas por trás dos edíficios que estão de frente para a marina são estreitas, com várias lojas e restaurantes ao longo das mesmas. Há um castelo no topo de uma colina que domina e envolve a cidade com as suas muralhas.
o castelo Doria no topo
Caminhando junto à marina, em direcção ao mar, fomos dar a um dos sítios mais bonitos de Porto Venere: um promontório onde se encontra a igreja de San Pietro e bem perto desta a Grotta dell'Arpaia, mais conhecida como a gruta de Byron. Actualmente a gruta já ruíu e o que existe é uma placa em memória deste poeta inglês. Reza a história que Byron, que na altura vivia em Itália, atravessou o golfo a nado para visitar um outro poeta, Shelley, e vem daí o termo Golfo dos Poetas. Há a possibilidade de descer umas escadas forjadas na própria rocha para ver melhor a zona da Grotta dell'Arpaia.
Grotta dell'Arpaia
Olhar para aquele mar imenso, que visto dali parece não ter fim, ver a sua agitação que não é perturbadora ou assustadora mas que impõe respeito, ouvir as ondas a baterem nas rochas e nos rochedos e sentir aquele cheiro a maresia foi um dos pontos mais altos deste passeio. Saber que este mundo tem cenários que roçam a perfeição, que nos é acrescentado um pouco de vida quando temos a sorte de poder encher os sentidos com a experiência que estamos a viver. Foi um fim de tarde com o seu quê de mágico.
estátua de uma mulher que representa a Mãe Natureza
Porto Venere à noite
a cidade filmada a partir de um drone
Porto Venere é por direito próprio um sítio encantador, poético, e apesar de não ter a mesma fama das cinco terras vizinhas, tem a paz e calmaria que falta nelas.
O nosso segundo dia foi dedicado precisamente às Cinque Terre mas esse relato fica para um próximo post.
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