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THE CAR IS ON FIRE

AND THERE'S NO DRIVER AT THE WHEEL

19
Jan17

Roma, parte I

Rita

Roma foi o fim da linha na nossa viagem. Se por um lado estava excitada por finalmente conhecer esta cidade depois de vários anos a imaginar como seria, por outro já sentia aquela pontinha de tristeza porque as férias estavam a acabar. 

 

 

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 Arco di Constantino visto do Coliseu

 

 

Roma, a capital da monarquia, da república e depois do império; o centro do mundo ocidental durante séculos. Naqueles três dias estaríamos imersos num lugar que cria a sensação que estamos entre duas realidades: a antiga e a moderna.

 

O hotel estava localizado quase nos subúrbios o que implicava apanhar um autocarro até à estação de metro mais próxima que ficava a cerca de 15 minutos. 

A unidade hoteleira disponibilizava transporte gratuito até ao metro, mas como era uma carrinha de nove lugares tornava-se insuficiente, tendo em conta as dezenas de turistas e o facto de sair quase só de hora a hora. Para piorar, o motorista contratado por eles era uma personagem insólita com uma condução maníaca e desgovernada. Percebia-se que a última coisa que lhe apetecia fazer era andar a transportar pessoas do ponto A para o ponto B e vice-versa.  

No meio de várias nacionalidades, e muitas vezes sem compreendermos a língua uns dos outros, era engraçado quando cruzávamos olhares cúmplices e percebíamos que estávamos todos a pensar o mesmo no que tocava ao senhor. 

  

 

No primeiro dia estivémos na zona do Foro Romano, Palatino e Coliseu, no entanto deixámos este último para visitar no dia seguinte. 

 

 

 

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A origem de Roma está ligada às suas sete colinas ou montes, especialmente o monte Palatino onde a cidade terá sido fundada. No período da República era aqui que se encontravam as casas luxuosas dos aristocratas romanos e no período seguinte, do Império Romano, foi aqui que se fixaram os palácios dos imperadores.  

O Circo Massimo, entre o monte Palatino e o Aventino, era usado para corridas de bigas (carros romanos puxados por dois cavalos) e jogos. Hoje em dia é um parque público.

 

Actualmente os vários montes não se distinguem como elevações de forma tão nítida como na altura por causa dos diversos prédios e edifícios que foram sendo construídos desde então e também devido a alterações no próprio solo.  

 

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Domus Tiberiana (palácio Tiberiano) no Palatino

 

  

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Ruínas dos palácios imperiais no Palatino e o Circo Massimo (área do descampado)

 

 

 

Entre o monte Palatino e o monte Capitolino, num pequeno vale, fixou-se o Foro Romano (fórum romano), coração da vida política, social e religiosa de Roma durante milhares de anos. Aqui existiram templos, edifícios públicos, tribunais, assembleias e mais tarde igrejas. 

 

O que vemos hoje em dia é um conjunto de ruínas e vestígios descobertos após várias escavações. É fascinante, mas ao mesmo tempo confuso para quem é leigo na matéria porque a quantidade de fragmentos que aqui vemos, e de diferentes períodos da história romana, é tão vasta que por vezes andamos perdidos.

Existem algumas placas que nos vão dizendo o que estamos a ver, mas podiam conter mais informação. O melhor será usar os guias auditivos ou as visitas guiadas, para quem preferir. 

 

 

Neste dia o tempo estava muito instável; num momento estava sol, noutro chuviscava. A dada altura começou a chover abundantemente e como não tínhamos chapéu-de-chuva apanhámos uma molha valente e já nem vimos as coisas em condições. 

 

Ainda fomos testemunhas de um momento cómico, uma zaragata em pleno Fórum entre dois vendedores ambulantes de chapéus-de-chuva (que eram vendidos a um preço abusivo) porque supostamente um estava a vender no território do outro. No momento seguinte só vemos um deles a correr para esconder o material nas ruínas. 

Nos dias de sol os chapéus-de-chuva eram substituídos pelos selfie sticks.

 

 

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Foro Romano (foto de Geert Orye)

 

 

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O Coliseu era o maior anfiteatro da Roma antiga e o palco para o entretenimento da época: combates de gladiadores, lutas de animais, simulações de batalhas navais, execuções. 

 

O chão da arena era uma estrutura de madeira que era coberta com areia (arena em Latim significa precisamente areia) e por baixo dessa estrutura existiam túneis e jaulas onde ficavam os gladiadores e os animais antes do espectáculo. Um sistema de elevadores permitia que depois subissem à superfície e os túneis tinham ligação com o exterior. 

Hoje em dia é visível uma pequena parte da estrutura em madeira que foi colocada para recriar essa separação e dar uma melhor percepção da parte subterrânea.

 

Veio-me à memória por diversas vezes o filme do "Gladiador" e como passámos por vários grupos de pessoas que estavam com guias turísticos lembro-me de ouvir uma delas a falar precisamente do filme. Ao que parece é bastante fiel na caracterização que fez deste anfiteatro.

  

 

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 Il tempio di Venere e Roma (Templo de Venús e Roma) à esquerda, visto do Coliseu

 

 

 

 

A rua que vai do Coliseu até à Piazza Venezia, a Via dei Fori Imperiali, passa por vários fóruns imperiais: do lado esquerdo, logo após o Foro Romano, surge o Foro di Cesare, e do lado direito o Foro di Nerva, Foro di Augusto, Foro e Mercati (mercado) di Traiano. 

 

 

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parte do Foro Romano e à direita o Monumento Nazionale a Vittorio Emanuele II vistos a partir da Via dei Fori Imperiali

 

 

 

 

 

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 Júlio César na Via dei Fori Imperiali

 

 

 

 

Quando se chega ao fim dessa rua e chegamos à Piazza Venezia há um monumento que é impossível passar despercebido, o  Monumento Nazionale a Vittorio Emanuele II ou Altare della Patria construído em honra do primeiro rei da Itália unificada. Consegue-se avistá-lo em vários pontos da cidade pela dimensão e pela cor branca que contrasta com o espaço circundante. 

 

 

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Passando em frente ao monumento existem depois umas escadas na parte lateral que dão acesso à Basilica di Santa Maria in Aracoeli. Entre esta e a parte traseira do monumento há uma passagem que nos permite mais à frente ter uma visão da Via dei Fori Imperiali tendo agora o Coliseu no ponto oposto ao nosso.

Quem quiser ter uma vista de Roma de um lugar ainda mais elevado também pode pagar para utilizar o elevador que dá acesso ao terraço do monumento. 

 

 

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Basilica di Santa Maria in Aracoeli

 

 

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Foro di Cesare

 

 

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Templo di Venere Genitrice no Foro di Cesare

 

 

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Foro e Mercati di Traiano

 

 

 Na segunda parte vou falar mais sobre Roma e também sobre o Vaticano.

 

 

 

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